quarta-feira, 13 de abril de 2011

Se minha casa pegasse fogo...











Por Joanna Freitas



Tive que me mudar de apartamento repentinamente. Uma situação que atualmente, no Rio de Janeiro, não é nada agradável. Uma vez que existe uma série de variáveis a serem consideradas: localização, preço (absurdos!), estado de conservação e por aí vai... Procurei muito, por toda a cidade, usei jornal, internet, porta a porta, tudo que eu conheço para encontrar onde morar. Sem conseguir nada que coubesse no meu orçamento e que me fosse conveniente, fiquei preocupada, nervosa, amedrontada, deprimida. Ok, eu sei, me deixei levar pelo caos externo, me deixei afetar por fatores impermanentes, fraquejei, eu assumo. Depois de quase “surtar” e graças a ajuda amorosa dos irmãos-anjos, que fazem parte da minha caminhada, inspirei, expirei, mergulhei no mar, na cachoeira, em mim. Foi assim que me veio muito forte um questionamento: Se minha casa, pegasse fogo agora, com tudo se consumindo em chamas, o que eu levaria? Continuei indagando... o que eu levaria? Jóias? Livros? Obras de arte? Roupas? Meu tapetinho de prática? Meu japa mala? Meu computador? Minhas maquiagens? Meus perfumes? Um presente especial que ganhei da minha mãe? O que ganhei do meu filho? Fotografias? Meu caderno de receitas? Minha nossa Sra. Aparecida? Segui perguntando, perguntando e respondendo: não, não levaria isso, nem aquilo, nem tão pouco aquele outro. Então, mesmo limitadinha que sou, depois de muito tempo, comecei a sentir a gargalhada do meu filho bebê, e o abraço “quebra-ossos” que ele me dá hoje. Senti nitidadamente a doçura do sorriso da minha prima amada junto com o olhar de sabedoria da minha vovó cheirosa. Daí, percebi cada ajuda preciosa recebida pelos meus pais e cada palavrinha de força, confiança e entrega que a minha irmã espiritual me diz. Tudo isso, desencadeou gratidão por respirar o ar que me põe viva para presenciar as araras voando pelo pantanal, o nascer e o pôr do sol, o luar que tanto me encanta. Não pude deixar de observar, o carinho maternal que minha empregada sempre teve comigo, adicionado da água limpa que tenho oportunidade de beber e me banhar. O que dizer, sobre o “indizível”, sobre este AMOR VERDADEIRO, que mexe nas minhas estruturas, e é capaz de se transformar sincronizada e harmonicamente com o fluir da vida por aqui. Justamente porque nunca se esgota, pelo contrário se multiplica. Enfim, tanto mencionado para explicar o inexplicável, só pra tentar descrever o MODUS OPERANDI do Universo, da Lei, da Força maior, de Deus – o AMOR! É Nele, no Amor, que estão embutidas caracteríscas elevadas como paz, compaixão, gratidão, contentamento, e toda uma gama de essências sublimes apenas experenciadas, impossíveis de com palavras, descrever. É esta LUZ que nos chama a atenção toda hora: EI, você, psiu! Você mesmo, você sou Eu, você é Consciência Suprema, você já É! Com lágrimas nos olhos, decidi o que levaria em caso de incêndio. BABA NAM KEEVA LAM.
O AMOR DIVINO TUDO PERMEIA

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